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Laura Loomer, a influencer de extrema direita que aconselha Trump

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Com livre acesso ao presidente, ativista propaga teorias da conspiração e recomendou demissões de funcionários do Conselho de Segurança Nacional e da NSA, por serem infiéis a ele. Foi atendida. A influenciadora Laura Loomer desce do avião do republicano Donald Trump no aeroporto da Filadélfia no dia do debate entre Trump e Kamala Harris, em 10 de setembro de 2024.

Chris Szagola/ AP

Do caótico turbilhão de decisões que emanam da Casa Branca, chamou a atenção a demissão de seis funcionários do Conselho de Segurança Nacional e de dois dirigentes da Agência de Segurança Nacional (NSA).

A alegação foi deslealdade ao presidente Donald Trump — critério que se configura como o fio condutor deste segundo mandato.

A sugestão dos nomes partiu da ativista de extrema direita Laura Loomer, especialista em espalhar as mais diversas teorias da conspiração.

Isso mesmo. O presidente americano segue conselhos de uma provocadora de 31 anos, que se intitula "pró-nacionalismo branca", cujo discurso virulento tem como alvos imigrantes, muçulmanos e judeus.

Loomer se reuniu na semana passada com Trump no Salão Oval, onde apresentou uma lista com uma dúzia de funcionários do governo, que julga infiéis a ele, e recomendou o seu expurgo.

Loomer atua como conselheira sem ter cargo oficial e mostrou ter mais influência sobre Trump do que o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz. Ele vem sendo fritado no governo por ter adicionado por engano o jornalista Jeffrey Goldberg num grupo de bate-papo do alto escalão da Casa Branca sobre os planos de ataque aos houthis, no Iêmen.

Os demitidos do Conselho de Segurança Nacional incluem o diretor de inteligência Brian Walsh, o diretor de assuntos legislativos Thomas Boodry e a diretora de organizações internacionais, Maggie Dougherty.

Na principal agência de espionagem eletrônica do país, a NSA, foram demitidos o diretor, general Timothy Haugh, que também chefia o Comando Cibernético dos EUA, e a vice-diretora Wendy Noble.

Candidata derrotada em duas eleições para o Congresso, a influencer de extrema direita se deu o crédito pelas demissões.

"Foi uma honra me encontrar com o presidente Trump e apresentar a ele minhas descobertas. Continuarei trabalhando duro para apoiar sua agenda e reiterando a importância de uma forte verificação, para proteger o presidente e nossa segurança nacional", postou no X, prometendo uma nova lista de infiéis, que teriam permanecido nesse governo por "uma falha de verificação".

O presidente foi vago ao ser questionado sobre o papel de Loomer nas demissões e a qualificou como "ótima patriota":

"Ela faz recomendações sobre coisas e pessoas e eu ouço essas recomendações."

A influenciadora de extrema direita dos EUA Laura Loomer, com Donald Trump ao fundo, em 11 de setembro de 2024.

Matt Rourke/ AP

Na campanha presidencial, ela acompanhou Trump em suas viagens para homenagear as vítimas do 11 de Setembro, embora tenha atribuído, numa de suas controversas teorias, que os atentados terroristas foram um trabalho interno arquitetado pelo governo americano.

A base de sustentação de Loomer é o seu alto-falante racista e xenófobo. Ela já descreveu o islamismo como um câncer para a Humanidade e foi expulsa do Twitter, para onde voltou depois que Elon Musk passou a ser o proprietário.

Com o dossiê que levou ao expurgo de funcionários, ela provou que continua a ter livre acesso às decisões do presidente.

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G1

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