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Deputado reclamou de partidos da base aliada do governo Lula por terem assinado votação de urgência da proposta. Maioria dos apoios vêm de União, PSD, MDB, PP e Republicanos. Deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) vai assumir a liderança do PT em fevereiro.Bruno Spada/Câmara dos DeputadosLíder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou os deputados da base aliada do governo Lula (PT) que assinaram a urgência do projeto de lei que concede anistia aqueles envolvidos na tentativa de golpe de estado e nos ataques do 8 de janeiro de 2023. A fala foi dada em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Segundo Lindbergh, o governo tem que chamar os deputados e cobrá-los. Para o líder petista, o parlamentar que assinou o projeto "está se associando a um projeto criminoso de rasgar a Constituição para tentar uma anistia de toda força para o Bolsonaro". "Não é o governo que está retaliando, é o deputado que está fazendo opção de romper com o governo. Não é razoável o governo aceitar alguém que queira anistiar quem tentou matar o Lula", afirmou, considerando "oportunismo".Farias já reclamou abertamente de partidos da base aliada do governo Lula que assinaram a urgência para se votar a proposta. Os apoios destes partidos correspondem a mais da metade das assinaturas obtidas até agora.Até agora, a maioria dos apoios na Câmara vêm de União, PSD, MDB, PP e Republicanos, que possuem cargos no governo: União Brasil (37 assinaturas), PSD (23), MDB (21), Republicanos (25) e PP (34) têm contribuído para dar fôlego à discussão.LEIA MAISPL da Anistia: Motta indica que decisão sobre análise de pedido de urgência será dos líderes partidáriosGleisi chama de 'absurdo' e 'profunda contradição' apoio de deputados de partidos da base do governo a PL da AnistiaPlanalto tem 'mapa de cargos' de deputados como trunfo para desmobilizar anistiaPara aumentar chances de aprovação, PL prepara versão da Anistia com foco só nos participantes do 8 de janeiroAnistia: veja momentos da história em que ela foi concedida no BrasilUrgência 'não muda nada'Segundo ele, o fato de o PL ter protocolado o pedido de urgência não muda nada e não necessariamente significa que está mais próxima a anistia para quem foi ou for condenado pela tentativa de golpe de estado e pelo 8 de janeiro."Isso não muda rigorosamente nada. Eles estão dando como fato que conseguir as assinaturas, significa que o projeto será pautado. Isso é falso. Sabe quantos projetos têm aqui [na Câmara] com assinaturas para requerimento de urgências? 2.245. Agora, temos 2.246", afirmou o líder do PT na Câmara.O deputado afirmou que considera difícil o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), colocar a urgência do projeto para votação. "Estou convencido de que o Hugo Mota (Republicanos-PB) não vai colocar este projeto para votar. Tem muita gente que vai entrar com requerimento de retirada de assinatura", disse. Na quarta-feira (9), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) se reuniu com Jair Bolsonaro, principal defensor do projeto. Na oportunidade, o ex-presidente manifestou confiança de que, caso o requerimento de urgência atingisse as assinaturas necessárias, Motta o colocaria em discussão.[Este post está em atualização]