G1
Em outra frente, base articula CPI na Câmara para apurar crimes contra menores e escrutinar big techs. A onda crescente dos debates sobre crimes cometidos em redes sociais contra crianças e adolescentes deu um novo norte ao governo Lula na proposta de regulação das redes sociais. Segundo fonte com acesso ao projeto, a ideia é robustecer os trechos que tratam da proteção à infância e à adolescência para tentar unir o país no debate sobre as obrigações das big techs de combaterem ativamente os crimes em suas plataformas. No dia 6 de abril o Fantástico, da TV Globo, revelou como meninas e meninos têm sido alvo de chantagem para violação de fotos íntimas, estupro, automutilação e até suicídio nas redes. Os crimes se avolumaram tanto, que policiais e promotores passaram a se infiltrar nessas plataformas, para tentar coibir pedofilia e outros delitos. Em desabafo, pai culpa 'desafio do desodorante' por morte da filha de 8 anos no DFNesta terça (15), o Ministério da Justiça monitora operações em oito estados contra crimes digitais praticados por e contra menores. São sete mandatos de internação provisória e 20 mandados de busca e apreensão. Numa outra frente, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) protocolou na semana passada um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquério para apurar crimes digitais contra menores. A representação foi feita na última sexta e já tem 48 assinaturas. O plano é usar a CPI para evidenciar a omissão das big techs diante de crimes graves que são inclusive transmitidos em lives em suas plataformas. A tentativa de regular as redes sociais no Brasil foi alvo de um levante de empresas como Google e Meta, que inclusive gastaram dinheiro para fazer propaganda em suas plataformas contra o debate da legislação. O tema também está no foco do Supremo Tribunal Federal. No Brasil, as redes também foram usadas para disseminar desinformação em massa e estimular a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023.Denúncias contra conteúdo criminoso no Discord aumentaram 272% no 1º trimestre de 2025