G1
A China devolveu tarifas de 125% sobre a importação de produtos dos Estados Unidos, numa demonstração de que não vai piscar, como desejava o presidente dos EUA, Donald Trump. O resultado será uma paralisia total do comércio entre os dois países, com efeitos totalmente desconhecidos para o mundo, que vão atingir negativamente o Brasil no curto prazo, mas pode beneficiá-lo nos médio e longo prazos.Exportação de soja para a China pode aumentar com guerra comercial dos EUAA avaliação é de assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que admitem estar enfrentando uma situação totalmente nova, assim como outros países, com reflexos difíceis de serem calculados sobre a economia local e mundial. A vantagem do Brasil é seu forte mercado doméstico, o que diminui os impactos negativos sobre a economia brasileira, mas que depende também em parte do setor exportador.A vantagem para o Brasil é que sua pauta de exportação é principalmente de commodities, como petróleo, soja e café, produtos que o mundo sempre vai demandar mesmo em períodos de crise econômica aguda. ????Se o chinês não terá mais como importar soja dos Estados Unidos, aumentará a importação dos produtores brasileiros, analisa a equipe de Lula.Na avaliação de diplomatas, a China mandou um recado claro de que não vai recuar na guerra comercial. Donald Trump e Xi Jinping durante encontro em 2019Reuters via BBCNegociaçãoO gesto de abertura para negociação terá de partir de Washington e não virá apenas de Pequim. O presidente da China, Xi Jinping, deu declarações de que seu país está preparado para o embate e tem buscado fortalecer seu mercado interno para sobreviver a essa guerra.A pergunta que se faz no mercado mundial é se os Estados Unidos estão preparados? Talvez não, porque muitas empresas americanas ou estão sediadas na China ou dependem de importação chinesa para finalização de seus produtos. É isso que irá determinar o vencedor desta guerra. Mas como disse o presidente chinês, numa guerra comercial não há vencedores.