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Em meio à escalada de tensões, Irã e EUA se reúnem neste sábado para discutir acordo nuclear

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Encontro ocorre em Omã meio a troca de ameaças entre os dois países. Enquanto governo iraniano diz buscar acordo 'real e justo', Trump afirma que Teerã não pode ter armas nucleares. Trump sobre Irã: 'Todos concordamos que um acordo seria melhor do que fazer o mais óbvio"

Autoridades do Irã e dos Estados Unidos se reunirão neste sábado (12) em Omã para discutir um acordo nuclear. O encontro ocorre em meio à escalada de tensões entre os dois países, com trocas de ameaças e acusações.

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Os Estados Unidos tentam convencer o Irã a interromper ou restringir seu programa nuclear em andamento. Em 2015, o governo iraniano fechou um acordo com os americanos e outros países sobre o tema. Três anos depois, no entanto, os Estados Unidos deixaram o tratado.

Ao voltar à Casa Branca neste ano, o presidente Donald Trump determinou o restabelecimento de uma política de pressão máxima contra o Irã. Na prática, os Estados Unidos impuseram uma série de sanções ao país para dificultar o avanço do programa nuclear iraniano.

O temor dos Estados Unidos é que o Irã desenvolva uma arma nuclear. Segundo a ONU, o país está próximo desse objetivo. O governo iraniano, por outro lado, nega a intenção de produzir artefatos do tipo e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e civis.

Trump tem afirmado que pode atacar o Irã caso as negociações fracassem. O governo iraniano, por sua vez, declarou que responderá a qualquer agressão e admitiu que poderá buscar uma arma nuclear caso seja alvo de bombardeios dos Estados Unidos.

As negociações deste sábado serão conduzidas pelo chefe da diplomacia omanita, Badr al Busaidi. A delegação dos Estados Unidos será liderada pelo enviado americano ao Oriente Médio, Steve Witkoff. Já o Irã estará representado pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi.

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Ilustração mostra símbolo atômico ao lado das bandeiras do Irã e dos Estados Unidos

REUTERS/Dado Ruvic

Estados Unidos e Irã fizeram declarações públicas na sexta-feira (10) sobre suas expectativas para o encontro em Omã. Ali Shamkhani, conselheiro de alto escalão do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o país busca um acordo "real e justo".

Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baqai, disse que o país está "dando uma verdadeira chance à diplomacia, de boa fé e com total vigilância".

"Os Estados Unidos deveriam valorizar essa decisão, que foi tomada apesar de sua retórica hostil", declarou Baqai.

Do outro lado, Trump afirmou a jornalistas que os iranianos não podem ter uma arma nuclear. Ele disse que deseja que o "Irã seja um país maravilhoso, incrível, feliz", mas sem armamentos desse tipo.

Ainda nesta semana, Trump declarou que Israel comandaria um ataque contra o Irã caso as negociações fracassem. Militares israelenses já atacaram o território iraniano recentemente, no contexto da crise no Oriente Médio.

"Se for necessário o uso militar, nós usaremos força militar", disse Trump na quarta-feira (9). "Israel obviamente estará muito envolvido nisso. Eles serão os líderes disso. Mas ninguém nos lidera, fazemos o que queremos fazer."

Após a declaração, o Irã afirmou que "ameaças persistentes" poderão levar a medidas mais firmes, como a expulsão dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que estão no país para supervisionar o programa nuclear.

O Departamento de Estado dos EUA respondeu alertando que expulsar os inspetores da agência da ONU "seria uma escalada" e "um erro de cálculo".

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em visita exibição de conquistas nucleares do país, em 9 de abril de 2025

WANA via Reuters

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