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Salina Alsworth vive em Port Alsworth, no Alasca, e compartilha vídeos da própria rotina nas redes sociais. Aldeia, de 180 habitantes, não tem lojas ou bares. Mulher mostra como é viver em área remota do AlascaUma mulher que vive em uma das aldeias mais remotas do mundo tem viralizado nas redes sociais ao compartilhar sua rotina. Salina Alsworth mora em Port Alsworth, no Alasca, nos Estados Unidos, e afirma que recebe mantimentos por avião somente a cada dois meses.? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsAppSalina tem 27 anos e vive no interior do Alasca. Os bisavós dela se mudaram para a região na década de 1940, quando o governo dos Estados Unidos convidou pessoas a se estabelecerem no local como parte de um programa de colonização. Para receber as terras, os bisavós da jovem precisaram provar que conseguiriam sobreviver de maneira autossuficiente.Atualmente, 180 pessoas vivem na aldeia, que não tem bares, teatros, lojas ou restaurantes. Os moradores dependem da cidade mais próxima, Anchorage, para obter suprimentos. A única forma de chegar até lá é por uma viagem de 320 km de avião."Não há lojas de conveniência, então, quando vamos à casa de amigos e queremos uma cerveja ou algo para comer, temos que recorrer ao que temos na nossa própria despensa", conta.Salina criou um canal no YouTube para contar como é a vida na aldeia. Nos vídeos, ela mostra o dia a dia no frio extremo, compartilha receitas para dias gelados e explica como funcionam os voos que ligam a região a Anchorage. Ela também registra momentos como a busca por lenha de trenó e o abastecimento de alimentos para o inverno. Ao todo, mais de 180 mil pessoas estão inscritas no canal dela no YouTube.Salina Alsworth mora em Port Alsworth, no AlascaReprodução/YouTubeO marido da jovem, Jared Richardson, trabalha como guia de pesca e se mudou há alguns anos para o Alasca. O casal se conheceu enquanto Jared trabalhava em um resort local. Antes, ele morava no Michigan.Salina conta que Jared se adaptou bem à vida na aldeia, apesar das dificuldades."Jared e eu estamos casados há alguns anos e tem sido ótimo. No começo foi um desafio, mas isso nos fortaleceu de uma maneira muito boa. Ele mora na aldeia desde 2022, e tem sido divertido compartilhar nossa vida aqui com ele."Segundo Salina, a aldeia recebe entregas de alimentos a cada dois meses. Quem precisa de algo antes disso precisa viajar de avião até Anchorage."Eu tento comprar tudo o que preciso para o inverno em outubro, quando a temporada termina, e fazer isso durar até maio. Em julho, abastecemos nosso freezer com salmão fresco. Setembro é a temporada de caça ao alce – nossa família consegue um a cada dois anos."O inverno é uma época particularmente difícil. Como tudo depende do transporte aéreo, tempestades de neve e neblina podem interromper o fornecimento de suprimentos."Dependendo do clima, só determinados tipos de aeronaves conseguem voar – às vezes, ficamos até uma semana sem aviões chegando", disse ela.A aldeia também não tem hospital. Atendimentos básicos são feitos em uma clínica local. Em casos mais complexos, é preciso viajar até Anchorage. Grávidas, por exemplo, deixam a região para o parto.Apesar dos desafios, Salina diz que não pretende se mudar e aprecia o senso de comunidade da aldeia."Sempre pensei que viveria aqui, não consigo me imaginar em outro lugar", conta. "Estamos sempre cuidando uns dos outros."LEIA TAMBÉMJustiça dos EUA autoriza governo Trump a deportar estudante de Columbia que participou de protestos pró-palestinosGoverno Trump declara milhares de imigrantes como mortos para cortar benefícios e forçar saída dos EUARaro diamante azul que vale cerca de R$ 118 milhões rouba a cena em exposição em Abu DhabiMoradores de Port Alsworth precisam ir de avião até outra cidade para comprar mantimentosReprodução/YouTubeVÍDEOS: mais assistidos do g1