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Segundo auxiliares, Lula avalia substituir Nísia Trindade por Alexandre Padilha, atual ministro da articulação política. Previsão do governo é ofertar 60 milhões de doses do imunizante contra a dengue por ano a partir de 2026. Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução/Canal GovEnquanto avalia a troca do comando do Ministério da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar nesta terça-feira (25), em cerimônia com a ministra Nísia Trindade, um acordo para a produção nacional de vacina de dose única contra a dengueConforme o governo, a vacina será produzida em uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics. A previsão é ofertar 60 milhões de doses anuais já a partir de 2026.O público-alvo será a população de dois a 59 anos. Segundo o Palácio do Planalto, a produção será financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Camarotti: Ministério da Saúde entra na Reforma MinisterialSegundo o governo, o aumento da produção e oferta no Sistema Único de Saúde (SUS) será viabilizado por meio de parcerias público-privadas.O anúncio no Palácio do Planalto ocorre em um momento de desgaste de Nísia, cuja gestão é criticada por integrantes do governo. Auxiliares de Lula afirmam que ele decidiu substituir a ministra, porém a decisão ainda não foi oficializada. O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o favorito no momento para assumir a Saúde caso Lula confirme a demissão de Nísia. Padilha já ocupou o cargo no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Lula já demonstrou incômodo com o andamento do programa Mais Acesso a Especialistas, lançado para ampliar a oferta de consultas e exames especializados no SUS. No Planalto, há o entendimento de que o programa poderia se tornar uma marca do terceiro mandato de Lula, que enfrenta atualmente uma queda na popularidade.Investimento de R$ 1,26 bilhãoPara a produção nacional da vacina contra a dengue, o governo estima que será investido R$ 1,26 bilhão. Outros R$ 68 milhões deverão ser aplicados em pesquisas sobre a possibilidade de ampliar o público-alvo do imunizante e uma possível vacinação conjunta contra chikungunya.O Ministério da Saúde também anunciou que vai distribuir, ainda no segundo semestre deste ano, unidades de insulina Glargina. O medicamento será produzido inteiramente no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a empresa Biomm. A expectativa é que, ao final da implementação dos processos de fabricação da insulina, sejam distribuídas 70 milhões de unidades por ano.De acordo com o Palácio do Planalto, também serão feitos investimentos para ampliar a capacidade da indústria nacional de adaptar as vacinas contra influenza às eventuais mutações do vírus. A medida, ainda segundo o governo, vai elevar a produção e fornecimento de mais de 30 milhões de doses por ano.O governo ainda anunciou uma planta produtiva de IFA de insulina e o desenvolvimento de uma vacina nacional contra gripe aviária.