Ex-presidente foi diagnosticado com uma obstrução parcial no intestino. Equipe médica realiza operação para 'liberação de aderências' em um hospital particular de Brasília. Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro em imagem do dia 6 de maio de 2023
André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro relatou neste domingo (13) que a equipe médica que cuida de Jair Bolsonaro informou a familiares que ele está com "muitas aderências" no intestino e, em razão disso, a cirurgia no ex-presidente será "longa".
Desde a manhã deste domingo, conforme o Hospital DF Star, Jair Bolsonaro passa por uma operação para desobstrução do intestino e reconstrução da parede abdominal.
Após passar mal em um evento do PL no Rio Grande do Norte na última sexta-feira (11), o ex-presidente foi diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial que impede a passagem normal de gases e fezes.
"A equipe médica nos informou que será uma cirurgia longa, pois ele [Bolsonaro] está com muitas aderências", afirmou Michelle Bolsonaro em uma rede social por volta das 13h30 deste domingo.
A GloboNews apurou que o procedimento cirúrgico deve se estender até o fim da tarde e, talvez, invada a noite deste domingo.
As aderências no intestino de Bolsonaro decorrem das múltiplas cirurgias que o ex-presidente já fez após levar uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.
Mais cedo, o Hospital DF Star afirmou que Bolsonaro está passando por uma cirurgia de laparotomia exploradora, "para a liberação de aderências intestinais". A realização do procedimento foi decidida, em comum acordo, pelas equipes que acompanham o ex-presidente.
Transferência em UTI aérea
Bolsonaro passa por cirurgia em Brasília
Bolsonaro foi transferido, de Natal (RN) para Brasília, em uma UTI aérea na noite deste sábado (12).
Na última sexta, ele passou mal em um evento do PL no interior do Rio Grande do Norte. Em um primeiro momento, foi atendido em um hospital na cidade de Santa Cruz (RN) e, depois, encaminhado de helicóptero para Natal, onde foi tomada a decisão de transferência a Brasília.
Neste domingo, Bolsonaro passou por uma "reavaliação clínico-cirúrgica" e foi submetido a "novos exames laboratoriais e de imagem", segundo comunicado do DF Star (leia a íntegra aqui).
Conforme o hospital, a reavaliação e os exames "evidenciaram persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas".
Antes de decidir pela cirurgia, a equipe médica tentava neste sábado resolver o problema com medidas clínicas, como jejum, descompressão gástrica, uso de sonda e hidratação intravenosa, mas não descartava uma cirurgia.
Em entrevista neste sábado, o médico Cláudio Birolini relatou que Bolsonaro tem tido aderências de forma recorrente. Esses episódios são comuns em pacientes que foram submetidos a várias cirurgias.
No entanto, segundo o especialista, desta vez o caso do ex-presidente "parece mais grave do que os anteriores".
Fonte: G1