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Com tarifaço e queda das bolsas, risco de recessão global preocupa governo Lula

Estudos apontam para alta da inflação e desaceleração forte da economia dos EUA.

Por Grande Mídia 07/04/2025 às 11:05:11

Foto: G1 - Globo

Estudos apontam para alta da inflação e desaceleração forte da economia dos EUA. A decisão de bancos norte-americanos de elevar as previsões para um risco de recessão global, frente ao "tarifaço" anunciado pelo presidente Donald Trump, aumentou a preocupação sobre o tema também no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

A reversão do cenário global acontece justo no ano em que o Banco Central está subindo a taxa de juros para combater a inflação – o que, por si só, já reduz as perspectivas de crescimento da economia brasileira.

Ou seja: com a turbulência externa, o desafio do governo Lula de manter a economia num ritmo pelo menos razoável neste ano aumenta ainda mais.

O banco J.P. Morgan já prevê uma queda do PIB dos Estados Unidos de 0,3% em alguns cenários. O Citibank fala em estagnação.

Estudos de universidades americanas já apontam que, no curto prazo, o efeito do tarifaço de Trump será mesmo de mais inflação e economia crescendo pouco – podendo até chegar a uma recessão no médio prazo.

Os efeitos positivos esperados por Trump, com aumento da arrecadação com as tarifas, permitindo uma redução de impostos nos EUA, não viriam nem no médio prazo.

Isso significa que os americanos vão sofrer muito primeiro, para depois melhorar – se melhorar – a economia dos Estados Unidos.

O cenário enfraquece Trump, principalmente, nas eleições de meio de mandato – com grandes chances de ele perder a maioria já estreita na Câmara de Representantes.

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Brasil vê sinais de renegociação

Enquanto isso, no Brasil, a equipe de Lula vê sinais emitidos por assessores de Trump de que pode haver espaço para negociar a flexibilização das novas tarifas.

As sinalizações foram dadas principalmente depois que a China decidiu retaliar os Estados Unidos, criando uma taxa extra de importação de produtos americanos também de 34% – mesmo percentual aplicado pelos EUA em sentido oposto.

Logo após reação chinesa, assessores de Trump passaram a dar declarações de que cerca de 50 países entraram em contato com o governo dos EUA para negociar.

Trump esperava ficar sempre na situação de quem comanda as negociações, e não contava em ser confrontado pela China.

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Fonte: G1

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