G1
Texto segue para sanção pelo presidente Lula. Rio Grande do Sul e São Paulo já possuem programas neste sentido, com prisões registradas por violações. O Congresso concluiu nesta quarta-feira (26) a aprovação de um projeto que prevê o uso de tornozeleira eletrônica ou de qualquer outro dispositivo que monitore a localização do agressor acusado de violência doméstica contra a mulher.Violência domésticaNadineA proposta ainda precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se tornar lei.O texto altera a Lei Maria da Penha, para acrescentar ao grupo de medidas protetivas de urgência a possibilidade de "monitoramento eletrônico", o que pode ser a tornozeleira, mas também outro aparelho.A proposta foi aprovada nesta quarta pelo Senado com uma pequena alteração. O texto final diz que a vítima ficará com um "dispositivo de segurança" – sem especificar qual – para que seja alertada em caso de aproximação do infrator.A primeira versão do projeto determinava que a vítima recebesse o alerta por meio de um aplicativo do celular – esse detalhe foi retirado.Programas nos estadosO governo do Rio Grande do Sul e de São Paulo têm programas nesse sentido, implementados em 2023.A gestão do estado de São Paulo emitiu uma nota em agosto do ano passado informando que 30 homens haviam sido presos desde o início do projeto. A partir do monitoramento, a Polícia Militar é acionada automaticamente no momento em que o agressor tenta se aproximar da vítima.De acordo com o governo do estado, 184 infratores são monitorados, sendo 103 suspeitos de violência doméstica. A tornozeleira é colocada no agressor após deliberação da Justiça nas audiências de custódia. No RS, a tornozeleira também é instalada após decisão judicial, mas neste caso pela Polícia Civil.A relatora do texto, senadora Leila Barros (PDT-DF), informou que, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), somente em 2024, 2.310 medidas protetivas foram descumpridas no DF — uma média de 6 por dia e um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Nos últimos seis anos, foram 10.488 casos de descumprimento.